Mais um encontro de sucesso no SUEESSOR
O Sindicato Único dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Osasco e Região – SUEESSOR, realizou na manhã de ontem (27) na sua sede em Osasco, uma palestra sob o tema: “ A CIF na Inclusão de Pessoas com Deficiência” .
O encontro reuniu trabalhadores, servidores e diversas entidades sindicais. E embora tenha sido marcado por um imprevisto que impossibilitou o palestrante principal, o Profº. Eduardo Santana de Araújo de comparecer ao evento, as palestras secundárias apresentadas pelo presidente do SUEESSOR, Antonio Gervásio Rodrigues e pela jornalista, consultora da Instituição Santa Causa, Aline Morais, garantiram o sucesso do encontro.
Eduardo enviou um áudio aos participantes, onde justificou sua ausência e se colocou a disposição para uma nova data.
As palestras
A primeira palestra foi apresentada pelo presidente do SUEESSOR, Antonio Gervásio Rodrigues que, iniciou “agradecendo a presença de todos participantes, em especial, os colaboradores do “Espaço Cidadania de Osasco” – representado na figura do dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Carlos Aparício Clemente, por abordar o tema CIF como ferramenta de suma importância na inclusão de pessoas com deficiência e também pela a oportunidade de expor sua pesquisa e cartilha sobre o tema”.
Em continuidade Gervásio fez uma associação de seu estudo sobre a CIF com um material da Fundação Oswaldo Cruz que, em 2015 fundou no Rio de Janeiro, o Fórum Intersindical de Formação em Saúde-Trabalho-Direito. .
De acordo com o presidente do Sindicato há mais de um século se discute saúde do trabalhador, porém, pouco se avançou em medidas efetivas para solucionar os problemas que envolvem o tema.
“É importante haver uma discussão como esta, que envolve trabalhadores, autoridades sindicais e públicas do país” – ressaltou.
E em sua apresentação sobre a cartilha, Antonio falou da “necessidade do Estado em aplicar a CIF, com o objetivo de tirar a monocraticidade das mãos dos médicos peritos e investir em equipes multiprofissionais qualificados e inteirados com a ferramenta na hora das avaliações médicas”, e finalizou dizendo que “o objetivo central da cartilha do SUEESSOR é desencadear discussões com os resultados tangíveis e eficazes para os trabalhadores”.
A segunda palestra feita pela jornalista e consultora da Instituição Santa Causa, Aline Morais, apresentou a CIF de forma mais conceitual.
No inicio de sua palestra, a jornalista fez um breve histórico da CID (Diagnósticos de Doenças) desde seu surgimento até os dias atuais e em seguida, falou um pouco sobre os antecessores da CIF.
“Mesmo com a CID, os profissionais da saúde sentiram a necessidade de não apenas diagnosticar a doença, mas de fazer um estudo mais aprofundado em questões sociais que também implicam na saúde de uma forma direta. Foi então, que passaram a questionar a criação de uma nova ferramenta que pudesse avaliar em como conviver com uma doença que não cause a morte.
Ainda sobre a criação da CIF, a Aline exemplificou: “uma pessoa morre por conta de uma diabete? Não necessariamente! Ela pode ter implicações caso não tenha um tratamento adequado, ou seja, o fato de ser diabética não significa que ela vai morrer ou ficar incapacitada de exercer determinadas funções, porém é necessário medir o impacto e demanda que estas pessoas terão na saúde publica. Daí a necessidade de uma ferramenta como a CIF”.
“A CIF avalia o desempenho e capacidade de acordo com as necessidades do dia a dia, seja na vida profissional ou social, ela nunca vai olhar para a limitação das pessoas”, reforçou.
Aline continuou sua palestra falando sobre a falta de interesse na implantação da CIF e atribuiu ao poder público tal descaso sobre a mesma. “Falta vontade política para implantação da CIF”, finalizou.
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