O que esperar de 2016
Apesar de enfrentarmos a maior crise do mercado de trabalho desde 1994, o movimento sindical foi capaz de conquistar em 2015 reajustes salariais acima dos índices inflacionários, e auxiliar na manutenção de milhares de empregos pelo país. Confessamos, não foi fácil e talvez não suficiente.
Diante desse quadro, é fato que nós como Sindicato e trabalhadores temos que trazer para nossa agenda de luta em 2016, discussões que vão além de corrupção e má gestão.
A classe trabalhadora necessita reafirmar a luta por uma reforma política e por uma mudança no sistema de comunicação sim, porém, com reivindicações concretas e reais sem se deixar levar por “modismos”.
Existe um grupo afirmando que as políticas de distribuição de renda tem um caráter clientelista ou meramente de consumo. Devemos tomar cuidado com as críticas e não esquecer que apesar da crise que alastrou este ano, passos importantes foram dados no que se refere à diminuição de desigualdades no Brasil.
Portanto, desde que não haja retrocessos aos direitos trabalhistas, é necessário que no próximo ano, o governo federal consiga implantar as medidas de ajuste fiscal necessárias para o controle do déficit orçamentário e aumento de dividas internas em relação ao PIB, criando plataformas sólidas de desenvolvimento e crescimento econômico.