Centrais e movimentos fizeram Dia de Mobilização contra projeto da terceirização
O protesto teve como foco o projeto da terceirização, as MPs que retiram direitos dos trabalhadores e o ajuste fiscal.
Movimentos sociais e trabalhadores de diferentes categorias estiveram mobilizados contra o projeto de lei sobre terceirização (PLC 30 no Senado, ex PL 4.330 na Câmara), as medidas provisórias que restringem o acesso a direitos trabalhistas e por medidas do ajuste fiscal que incluam setores patronais, em vez de apenas os trabalhadores. O dia foi marcado por manifestações em todo o Brasil.
Em entrevista para a TVT, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, diz que que o trabalhador não pode ser prejudicado com mais precarização das relações de trabalho, e que independentemente de exercer as mesmas atividades que um funcionários regularmente contratados, terceirizados têm salários menores e menos direitos.
“Terceirizado ganha, no mercado de trabalho em geral, um salário quase 30% menor do que um trabalhador ‘normal’. Então é um prejuízo muito grande para os trabalhadores. Se for contratado como pessoa jurídica fica sem direito à férias, 13º salário, sem recolhimento do INSS etc”, afirma Juvandia.
Para o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, o setor público também estará ameaçado se o projeto de lei que permite a terceirização total da mão de obrafor aprovado. “As empresas do Estadovão poder terceirizar praticamente tudo, vai sobra muito pouco.Até pra quem quer fazer concurso público, por exemplo, a tendência é diminuir.”
Caso o Congresso insista em levar adiante a votação das medidas que retiram os direitos trabalhistas, as centrais sindicais consideram a possibilidade de convocar uma greve geral. A decisão poderá tomada numa reunião marcada para 3 de junho.