CNTS integra grupo do MTE para discutir organização sindical na saúde
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde – CNTS participou nesta quarta (10) da primeira reunião do grupo de trabalho da Secretaria de Relações do Trabalho – SRT, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE que vai discutir a organização da representatividade sindical dos trabalhadores na saúde. O GT foi instituído a partir da Portaria do Ministério do Trabalho nº 14, atendendo a reivindicação da CNTS e CNTSS. Os membros do grupo foram oficializados a partir da Portaria nº 15. A Confederação tem como membro titular o secretário geral, Valdirlei Castagna e como suplente o vice-presidente, João Rodrigues Filho.
Participarão ainda do GT três representantes titulares e três suplentes da Secretaria de Relações do Trabalho; um representante titular e um suplente das centrais sindicais que alcançaram o índice de representatividade para o ano de 2015; um representante titular e um suplente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS; e um representante titular e um suplente da Federação Nacional dos Enfermeiros – FNE.
Segundo o secretário geral da CNTS, Valdirlei Castagna, a criação do grupo de trabalho tem como objetivo impedir a fragmentação sindical. “Hoje, no Brasil, estamos vivendo uma epidemia na criação de sindicatos sem força e nenhuma expressão. Junto com isso vem o esfacelamento do movimento sindical na área da saúde. A intenção da CNTS e CNTSS quando solicitaram a criação do GT é que o MTE normatize a criação de novos sindicatos de profissionais da saúde, impedindo a liberação de carta sindical para sindicatos sem força de representação”.
Na primeira reunião os integrantes do grupo discutiram a problemática e devem apresentar nas próximas reuniões, que acontecem quinzenalmente, soluções efetivas para o problema. O prazo para conclusão dos trabalhos será de noventa dias, podendo ser prorrogado por igual período.
De acordo com Castagna, quem se beneficia com esta conjuntura sindical atual é o patronato. “O único interessado nesta divisão dentro dos sindicatos de saúde é o patrão que, sem dúvidas, não terá problemas em se impor diante de um sindicato enfraquecido”, disse.’