25/09/2015 13h00

Grupo quer inserir novos tratamentos para mulheres com câncer no SUS

Campanha na internet busca apoio por meio de petição online.
Segundo médico, remédios aumentam tempo de sobrevida das pacientes.

Grupos de apoio a mulheres com câncer se uniram na internet em prol de uma causa. Eles querem mobilizar as autoridades para incluir no Sistema Único de Saúde (SUS) uma lista de medicamentos que pode prolongar a vida de pacientes com a doença em fase avançada, a chamada metástase.

Campanha na internet busca apoio por meio de petição online. Segundo médico, remédios aumentam tempo de sobrevida das pacientes.

Campanha na internet busca apoio por meio de petição online.
Segundo médico, remédios aumentam tempo de sobrevida das pacientes.

Muitos desses medicamentos podem garantir que as vítimas do câncer venham a morrer por causa da doença. No entanto, eles custam caro demais e o governo não cobre as despesas dessas drogas. Segundo o grupo, apenas quem possui plano de saúde consegue ser atendido com esse tipo de tratamento.

Para o médico Evanius Wierman, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a inserção dessas drogas no tratamento garante qualidade de vida às portadoras de câncer. “Medicações como essas, administradas ou não, a pacientes que têm essa alteração, podem conferir diferenças de sobrevida entre os que não tomaram e os que tomaram, de quase três anos. Ou seja, apesar de esses pacientes não terem uma cura, na maior parte dos casos, essa diferença de sobrevida de quase três anos, associada a uma qualidade de vida tão boa representa um impacto gigantesco”, diz.

A iniciativa pode ajudar mulheres como a aposentada Eliana do Carmo. Ela descobriu um câncer de mama em 1998 e desde então passa por uma rotina intensa de exames e tratamentos. No entanto, o câncer se espalhou e começou a atingir os ossos. Ela luta para sobreviver. “Eu nunca me entreguei. Sempre procurei estar no meu alto astral, para que eu pudesse encarar essa doença e derrota-la”, diz.

Quem quiser contribuir com a campanha, pode assinar uma petição na internet. Até este sábado, quase 246 mil pessoas já haviam aderido à campanha. As assinaturas serão encaminhadas ao Ministério da Saúde, para que o governo estude formas de inserir os novos tratamentos no SUS

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