Lava Jato apura propinas em plano de saúde dos Correios
A Operação Lava Jato apura suposto esquema de pagamento de propina por contratos na Postal Saúde, gestora dos planos de assistência médica de funcionários dos Correios.
Para conseguir fechar negócio com a operadora, uma empresa teria pagado suborno a dirigentes da estatal ligados ao casal de ex-ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), senadora pelo PT paranaense.
As informações estão sendo tratadas num acordo de delação premiada.
Conforme trechos da denúncia, aos quais o jornal O Estado de S.Paulo teve acesso, a Unibem Medicina e Segurança do Trabalho pagava aos responsáveis por viabilizar o negócio uma comissão sobre o valor mensal recebido da Postal Saúde.
A empresa presta serviços de saúde ocupacional, fazendo exames nos funcionários dos Correios.
Entre os supostos beneficiários de vantagens ilegais estariam o ex-vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios Nelson Luiz Oliveira de Freitas, o ex-diretor da Postal Saúde Alexandre Câmara e o ex-conselheiro dos Correios Leones Dall'Agnol.
O delator, cujo nome é mantido em sigilo, reuniu contrato de prestação de serviços, notas fiscais, extratos e boletos de transações bancárias, cheques e trocas de e-mails, entre outros documentos, como prova do suposto esquema.