16/10/2015 9h00

“Mais Especialidades será um programa prioritário”, diz ministro da Saúde

Proposta é expandir o acesso a consultas, exames e procedimentos especializados no SUS.

Ao assumir a chefia do Ministério da Saúde, nesta terça-feira (6), o ministro Marcelo Castro recebeu um documento inédito com orientações para implantar o programa “Mais Especialidades”, um dos compromissos de campanha da presidenta Dilma Rousseff. O documento entregue pelo ex-ministro Arthur Chioro, de acordo com Castro, será seguido e o programa será uma das prioridades da pasta. “O poder público tem de estar atento para suprir a carência de especialidades”, disse. “Não há a menor dúvida de que o Mais Especialidades será um programa prioritário na nossa gestão”, afirmou.

Na sua despedida, após 20 meses à frente da Saúde, Chioro ressaltou a importância do programa, cujo objetivo é ampliar o acesso a consultas, exames e procedimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse é um documento construído por pessoas que acreditam no SUS, como agente transformador e indutor da qualidade de vida para a população”, disse.

O ex-ministro ressaltou que o Mais Especialidades pode ser implantado, agora, após a consolidação de políticas de saúde adotadas nos últimos anos – como a chegada de profissionais a cidades do interior e bairros de periferias atendidas pelo programa Mais Médicos. “Chegou a hora de enfrentarmos um dos maiores desafios do SUS, um de seus maiores gargalos”, sugeriu Chioro.

Castro classificou o SUS como “um sistema em construção” ao defender a regionalização integrada do modelo universal de saúde pública. “Vamos perseguir também a questão das especialidades, porque às vezes numa cidade tem o número adequado de médicos, mas falta a especialidade A, B ou C”, disse.

O ministro apontou como outra prioridade o estímulo à ampliação do número de médicos no interior do País. “O Brasil tem apenas 1,8 médico por mil habitantes e isso nos deixa numa posição inferiorizada em relação a muitos vizinhos e a países mais desenvolvidos, como os europeus”, observou. “Precisamos aumentar o número de médicos e o governo está agindo nessa ação e vamos continuar nessa direção de criar mais faculdades de Medicina, de aumentar as vagas para formar mais médicos e interioriza essa formação”, disse.

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