Parábola Patronal

É sempre assim, iniciamos a data base e quando entramos nas cláusulas econômicas, os patrões já estão preparados com as mesmas desculpas esfarrapadas dos anos anteriores, sejam elas, crise financeira, desqualificação profissional, a falta de disposição do trabalhador para aceitar as condições de trabalho que lhe são oferecidas, o Sindicato que não aceita flexibilizar leis trabalhistas, etc, etc.

Ora, isso já não é mais novidade para nós do movimento Sindical.

Já estamos calejados com essa ensaiada intransigência patronal e não vamos aceitar menos do que é de direito do trabalhador da saúde, já que, apesar da “famigerada crise”, em maio deste ano, a Agência Nacional de Saúde, autorizou um aumento de 13,7% nos planos de Saúde.

Além disso, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) apresentou um levantamento realizado em 2015, onde o mercado ambulatorial faturou em média 2,2 bilhões, ou seja, um crescimento de aproximadamente 5,5%.

Porém, mesmo diante de dados estatísticos, os patronais insistem em oferecer migalhas aos trabalhadores.

Quanto à questão da desqualificação profissional, também não é difícil contra argumentar.

Uma pesquisa realizada no estado de São Paulo, pelo Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, condições financeiras, seguida do alto custo de um curso/evento científico, a inexistência de programas de treinamento no próprio ambiente de trabalho, falta de tempo e estímulo, são os principais motivos para o não aprimoramento profissional.

Diante desse cenário só podemos concluir que mais uma vez, o patrão tenta surrupiar o trabalhador, fazendo com que ele arque com o ônus de uma suposta crise e seus adendos. Sem dúvidas, isso não é justo! Isso sim é um verdadeiro golpe!

Para tanto, também é necessário que o trabalhador se conscientize da importância de sua entidade sindical e una forças com esta em prol de um objetivo em comum. A união e a mobilização da categoria com o Sindicato é decisiva em momentos como este e fazem toda a diferença na hora da negociação.

Juntos, somos mais fortes!