21/01/2016 13h00

Santa Casa de Araçatuba faz 13 captações de órgãos em 2015 e vira referência para transplantes

A Santa Casa de Araçatuba se consolidou, no decorrer de 2015, como uma importante unidade de referência na captação de órgãos para a realização de transplantes em outros hospitais do Estado. Foram realizadas no decorrer do ano 13 captações. Praticamente o dobro do registrado durante o período de 2008 a 2014, quando foram contabilizadas apenas sete coletas de órgãos no local.

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A consolidação do hospital como referência em captação se deve à implantação de uma CIHT (Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes). Em março de 2015, o hospital passou a contar com profissionais treinados para investigar casos de morte encefálica, dentre os internados graves; notificar os familiares e entrevistá-los quanto à possibilidade de doação de órgãos; fazer a comunicação à Central Nacional de Transplantes, recepcionar equipes de outros centros médicos e acompanhar a captação de órgãos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, nas captações feitas no decorrer de 2015, foram retirados de pacientes com morte cerebral, para dar continuidade de vida a outras pessoas, 26 rins, 12 fígados e 3 corações, além de 9 córneas e ossos de dois doadores.

Ainda de acordo com a Santa Casa, foram beneficiados 50 pacientes receptores. Número que poderia ter sido maior se tivessem sido consolidadas todas as possibilidades de doações e captações registradas pelo hospital durante todo ano passado.

1Isso porque a Santa Casa registrou no período um total de 27 mortes encefálicas e de óbitos com doações viáveis. Desse total, 13 se converteram em doações a terceiros. Em quatro casos, familiares de pacientes se recusaram a autorizar doações pelos desejos pessoais de fazerem os sepultamentos de corpos íntegros ou ficaram indecisos quanto à questão. Também foram respeitadas opções de pessoas que, em vida, manifestaram o desejo de não terem órgãos doados.

Já em outros 3, a Santa Casa e equipe responsável pelas captações constataram contradição médica nos diagnósticos, sendo as doações inviabilizadas devido a exames que vieram a confirmar sorologias positivas em pacientes que poderiam se tornar doadores, mas que por esta questão ficaram impedidos.

Os dados estatísticos que exaltam a importância da Santa Casa de Araçatuba na doação de órgãos ainda mostram que, dos pacientes notificados como suspeita de morte encefálica, a idade média é de 39 anos. No caso, pessoas jovens, sendo 63% delas do sexo masculino e 37% do feminino.

As informações da Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes da Santa Casa de Araçatuba, coordenada pelo médico Rafael Saad, ainda mostram que os rins coletados no hospital foram doados e implantados em pacientes de Botucatu, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Paulo e Sorocaba.

Já os fígados foram para receptores em Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto e São Paulo. Para a capital paulista também foram os corações. Já os ossos captados em Araçatuba foram para pacientes de Marília e as córneas, para Rio Preto.

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